sexta-feira, 27 de junho de 2014

Japão executa o primeiro condenado à pena de morte em 2014


 
Ministro da Justiça do Japão Foto: Jiji press 

O Japão executou ontem, quinta-feira (26) um réu na forca, a primeira aplicação da pena de morte neste ano e a nona desde que o Partido Liberal-Democrata (PLD) chegou ao governo no final de 2012.

Japão e Estados Unidos são os únicos países industrializados e democráticos que ainda aplicam a pena de morte. O país asiático executa os condenados na forca em total segredo, sem aviso prévio aos réus e sem testemunhas, e apenas comunica as execuções para a opinião pública depois que já foram realizadas.

O condenado era Masanori Kawasaki, de 68 anos, que foi executado em Osaka, no oeste do país, por assassinar sua cunhada e suas duas netas, de 3 e 5 anos, com uma faca na província de Kagawa, no sul do país. O condenado foi até a casa de sua cunhada "por rancor", e após matá-la e às duas meninas, levou os corpos para enterrá-los em outro local e tentar ocultar o crime, segundo a investigação policial. "É um caso muito cruel, já que acabou com as vidas valiosas de três pessoas por uma razão egocêntrica", afirmou o ministro da Justiça do Japão, Sadakazu Tanigaki.

Tanigaki acrescentou que foi "muito difícil para a família das vítimas", e explicou que as autoridades "revisaram o caso com cautela antes de realizar a execução". O ministro japonês evitou explicar os motivos para a decisão de executar Kawasaki, pois, atualmente, o país tem 128 réus condenados à pena capital no corredor da morte. Além disso, declarou que o governo "não pensa em reformar o sistema da pena de morte por enquanto".

As últimas execuções no país aconteceram no dia 12 de dezembro, quando dois presos foram executados em Tóquio e Osaka.

O ministro da Justiça defendeu a pena capital em várias ocasiões com o argumento de que 85% dos japoneses apoiam este sistema.



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