Fila por atendimento cresce no HUT e regulação de leitos ainda é lenta

Hoje, cerca de 80 pacientes do HUT aguardam transferência.
Apenas 12 vagas foram disponibilizadas pelos hospitais de apoio.

Do G1 PI

A fila de espera dos pacientes que necessitam de tratamento ou cirurgias no Hospital de Urgência de Teresina não para de crescer e a regulação de leitos ainda é feita de forma lenta. Segundo o diretor da unidade de saúde, Gilberto Albuquerque, pelo menos 80 pessoas aguardam transferência para outros hospitais, mas apenas 12 leitos foram disponibilizados nas unidades que funcionam como retaguarda.

Pacientes que necessitam de cirurgias enfrentam longa espera (Foto: Leo Torres / Ascom) 

“A situação nesta segunda-feira não é diferente, ainda é muito grande o número de pessoas na fila de espera. Hoje, de 134 pessoas cerca de 80 pessoas precisam de apoio para conseguir a transferência e até o momento foram disponibilizadas apenas 12 vagas”, explicou o diretor Gilberto.

Na semana passada a Comissão de Direitos da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí denunciou que pelo menos 50 leitos estavam desocupados no Hospital Universitário enquanto pacientes aguardavam na fila de espera do HUT.

A coordenadora da Central de Regulação de Leitos, Luciane Formiga, disse que em regulação o HU tem 50 leitos, mas hoje há apenas 10 leitos disponíveis. “Para a regulação no HU temos um total de 50 leitos, mas todo dia tem uma quantidade disponível diferente, hoje, por exemplo, temos apenas 10”, disse.

Segundo Luciane, nem todos os casos podem ser transferidos do HUT para o HU. “Os casos que podem ser transferidos para o HU são os de clínicas médica para investigação de diagnóstico e cirurgias ortopédicas de menor complexidade", explicou a coordenadora.

Luciane Formiga afirmou ainda que é o Hospital de Urgência que avalia os pacientes e solicita a quantidade de leitos que necessita. “O HUT avalia cada um dos pacientes e solicita a regulação dos que podem ser transferidos porque não são todos os casos. Estamos o tempo todo fazendo a transferência de pacientes. No fim de semana vários casos foram transferidos, agora é necessário um tempo para que os pacientes realizem os procedimentos e desocupem os leitos”, finalizou a coordenadora.