Fogos começaram a ser disparados ao som de “Samba do Avião”, de Tom Jobim
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Quando os
dois telões no palco, posicionado em frente ao hotel Copacabana Palace,
encerraram a contagem regressiva dos últimos segundos do ano, 18
toneladas de fogos foram disparados de onze balsas iluminando o céu de
Copacabana para delírio dos presentes. O público ouviu o disparo de 21
mil bombas que começaram ao som de “Samba do Avião”, de Antônio Carlos
Jobim. Mesmo com o tempo reduzido, o espetáculo não perdeu a
grandiosidade com a tradicional sincronia de fogos combinados com
efeitos sonoros. A cada disparo, o público vibrava e aplaudia muito.
A esperança
por dias mais leves e uma situação financeira mais tranquila também
influenciou na maneira das pessoas se vestirem para o réveillon. Assim
como no ano passado, muita gente trocou o tradicional branco pelo
amarelo, que representa a prosperidade.
— Vim de
amarelo para ter mais sorte em 2017. Preciso atrair coisas boas,
principalmente uma proposta de emprego — diz Larissa da Cruz, que ficou
desempregada em 2016.
Por causa do
forte calor, com a sensação térmica ultrapassando os 33 graus na hora da
virada, muita gente passou mal antes de anoitecer. No período entre as
17h deste sábado e 2h de domingo, 387 pessoas receberam atendimento
médicos, com quadro por intoxicação alcoólica, mal estar devido ao
calor, picos de pressão, traumas e fraturas devido a quedas, além de
cortes - principalmente nos pés e tornozelos - causados por cacos de
garrafas jogados na areia da praia.
O estudante
Rafael Soares, saiu do Méier e chegou a Copacabana às 16h30m. Ele diz
que aproveitou a praia durante o dia, jantou e depois voltou para o mar
para curtir os show.
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— A água
está boa demais. Se soubesse que estaria assim, teria trazido um colchão
inflável e ficaria a noite toda de camarote dentro d’água.
Antes da
queima de fogos, o ponto alto foi a apresentação que celebrou os 20 anos
do lançamento do álbum “O Grande Encontro” entre Elba Ramalho, Alceu
Valença e Geraldo Azevedo. O trio fez o público cantar em coro canções
como "Anunciação", "Caravana" e "Sabiá". No final do show, Elba Ramalho
chamou ao palco dois refugiados sírios, uma mãe e um filho, que estavam
na plateia. O menino foi as lágrimas e agradeceu a recepção brasileira.
— Vou ajudar
muito as pessoas neste país porque os brasileiros sempre me ajudaram. O
coração de vocês é muito bom — disse o menino Mohamed.
EFETIVO POLICIAL FOI MENOR DESTA VEZ
O esquema de
segurança montado pela PM contou com 1.910 policiais em Copacabana — um
número 13,7% menor do que o de 2016, quando a celebração contou com
2.215 agentes no bairro. O efetivo não foi suficiente para conter a
violência: houve muitos relatos de roubos e arrastões. A aposentada
Maria de Souza disse ter ficado assustada com a quantidade de jovens que
promoveram arrastões neste réveillon.
— Toda hora a
gente vê um arrastão perto do mar. Um homem levou um soco no nariz na
minha frente porque tentou resistir ao grupo que queria assaltá-lo. Eles
se aproveitam porque estão em maior número para pegar os pertencer das
pessoas.
Na
delegacias, porém, a informação, até uma hora da manhã, era de que
poucos registros haviam sido feitos. Por causa do forte calor, com a
sensação térmica ultrapassando os 33 graus na hora da virada, muita
gente passou mal. Por volta das 22h, 96 pessoas já tinham procurado
atendimento médico com quadro de desidratação e pressão alta.
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Fonte: JL/Globo
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