Falsário relata por mensagem que o envio do dinheiro é feito pelos Correios. Em vídeo, a pessoa mostra as características das notas e como são feitas

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O G1 tentou falar com a assessoria da Superintendência da Policia Federal no Piauí, mas ninguém foi encontrada para falar sobre o assunto. O site de compra e venda OLX informou que em breve vai se posicionar sobre o caso.
Em uma conversa também registrada pelo G1, por meio de mensagens em um aplicativo de celular, o homem explicou que o envio do dinheiro é feito pelos Correios, porque segundo ele, o detector da empresa de correspondência não identifica as notas. “Sou de São Paulo. Faço o envio via Sedex 10. Não tem problema. O raio X dos Correios não pega papel. Após o depósito, eu envio em até dois dias úteis. Mando lacrado e chega lacrado”, disse.
Por meio de nota, os Correios informaram que não aceitam a postagem de remessas contendo moeda de valor corrente, sendo essa uma restrição legal. Para garantir o cumprimento dessa norma, a empresa adota ações em conjunto com os órgãos de fiscalização para combater o envio e o recebimento de objetos ilícitos nas remessas postais.
"Essas ações são desenvolvidas com o uso de equipamentos de raios-x e espectrômetros de massa (que identificam substâncias por meio da análise de micropartículas). A inspeção ocorre de forma sistemática e conta com empregados dos Correios treinados e especializados nessa atividade que é executada em caráter reservado", disse a nota.
A empresa acrescentou ainda que, nos casos em que o processo de fiscalização identifica a presença de conteúdo proibido, os "Correios fazem a retenção do objeto e informam o órgão competente para adoção das medidas legais cabíveis. Por ser assunto relacionado com a segurança postal, a empresa não divulga detalhes dessas ações e nem estatísticas para não prejudicar o andamento das operações".
Em outro trecho da conversa, o anunciante afirma que o pagamento pode ser efetuado com depósito ou transferência bancária, mas a conta não chegou a ser informada pelo autor das mensagens. “Me passa seu endereço certinho aí. Cidade, bairro, ponto de referência, nome da pessoa que vai receber. Após isso, te passo a conta para a transação”, escreveu.
A pessoa informou que trabalha com a falsificação de notas há 10 anos e que tem clientes por todo o Brasil. “Mano eu trampo (trabalho) com isso. Tenho referência do meu trampo. Tenho um cliente de Teresina, eu uso DDD de todo estado”, relatou.

De acordo com o artigo 289 do Código Penal, falsificar, fabricar ou alterar moeda metálica ou papel moeda de curso legal no país ou no estrangeiro é crime. A pena varia de três a 12 anos de prisão e multa. Estará sujeito à mesma pena quem importar ou exportar, adquirir, vender, trocar, ceder, emprestar, guardar ou introduzir na circulação moeda falsa. Mesmo tendo recebido de boa-fé, comete crime, com pena prevista de seis meses a dois anos e multa, quem a recebe e a mantém em circulação, repassando a outros.
Fonte: JL/G1PI
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