e entrevista à Folha de S. Paulo, ela disse que existe muito a ser investigado no setor
Ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a baiana Eliana Calmon acredita que a Operação Lava Jato ainda vai atingir o Poder Judiciário, mas em um "segundo momento".
Durante entrevista à Folha de S. Paulo, ela disse que existe muito a ser investigado no setor.
"Entendo
que a Lava Jato pegará o Judiciário, mas só numa fase posterior, porque
muita coisa virá à tona. Inclusive, essa falta tem levado a muita
corrupção mesmo. Tem muita coisa no meio do caminho. Mas por uma questão
estratégica, vão deixar para depois", declarou.
Calmon
acusou o corregedor nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
João Otávio de Noronha, de tentar blindar juízes em entrevistas e
criticou a ideia de que não se deve punir o Poder Judiciário. "Ele diz
que é preciso dar mais autoridade aos juízes, para que se sintam mais
seguros. Caminha no sentido bem diferente do que caminharam os demais
corregedores", avaliou.
A
ministra aposentada do STJ ainda comentou a lista de investigados a
partir das delações premiadas da Odebrecht e disse se surpreender apenas
com os nomes do senador José Serra (PSDB-SP) e do ministro das relações
exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). "Pelo que já estava sendo
divulgado, praticamente todos os grandes políticos estariam envolvidos,
em razão do sistema político brasileiro que está apodrecido", afirmou.
Fonte: JL/Folha
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