Defesa do presidente informou que perícia particular em aúdio encontrou 70 pontos ‘obscuros’
A defesa do presidente Michel Temer mudou de estratégia. No sábado, os advogados tinham entrado no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de suspensão do inquérito aberto para investigar Temer
até que fosse realizada perícia nos áudios que comprometem o
presidente. Nesta segunda-feira, a defesa comunicou pessoalmente o
relator da Lava-Jato, ministro Edson Fachin, da desistência do pedido.
Segundo o advogado Gustavo Guedes, Temer quer ver o caso elucidado e
concluído o mais rápido possível.
A |
O pedido da
defesa foi divulgado após a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF,
informar que o julgamento do recurso do presidente só seria levado ao plenário da corte após conclusão da perícia.—presidente quer dar esposta ao país o mais rapidamente possível
e que, portanto, isso se encerre o mais rapidamente possível. Isso que a
gente quer — declarou o ade ao deixar o gabinete de
Fachin.
Guedes avalia
que o áudio não possa ser usado nas investigações, diante das aparentes
modificações feitas pelo delator – o dono da JBS, Joesley Batista.
— O
importante é que, em relação ao presidente, a prova que há é o áudio,
não há nada mais, e esse áudio, segundo as perícias, é, na nossa
avaliação, imprestável — declarou o advogado.
De acordo com
Guedes, a mudança na estratégia ocorreu depois que Fachin determinou
que a Polícia Federal realizasse a perícia no áudio. O advogado também
informou que a defesa de Temer contratou uma perícia particular que
constatou 70 “pontos de obscuridade” no áudio.
— Houve dois
jornais que registraram falhas. Depois veio a TV Globo e disse que não
havia irregularidade. Havia essa dúvida. A defesa do presidente
contratou uma perícia no final de semana, que verificou que não havia
50, nem 14, e sim 70 pontos de obscuridade no material. Nós fizemos
agora um pedido (ao STF) dizendo o seguinte: já que nós temos agora o
resultado de um trabalho que a gente confia, nós queremos agora que esse
inquérito se ultime o mais rapidamente possível — declarou.
Guedes disse
que a perícia particular foi incluída no inquérito. Ele poderá servir
como prova. Ainda assim, a Polícia Federal ainda vai realizar a perícia
oficial. Agora, caberá a Fachin decidir se coloca em votação no plenário
a suspensão do inquérito. A tendência é que isso não aconteça mais,
diante da desistência da defesa.
Fonte: JL/Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário