A afirmação foi feita hoje (30) pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata

A |
A afirmação
foi feita hoje (30) pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema
(ONS), Luiz Eduardo Barata, ao participar da conferência e exposição
Brazil Windpower 2017, que discute até amanhã, no Rio de Janeiro, os
rumos e avanços da energia eólica. Energia eólica é a transformação da
energia do vento em energia útil,
O diretor
lembrou que até 2008/9 todo o suprimento energético do Nordeste decorria
de fontes hidroelétricas fornecidas pelas usinas da Bacia do São
Francisco.
“Com a
redução das chuvas e das afluências, tivemos que buscar nova fonte e foi
aí a que apareceu a fonte eólica. O resultado tem sido excepcional, até
porque a região é acometida por ventos excepcionais e razoavelmente
constantes, o que proporciona uma capacidade de geração que se situa
entre as melhores do mundo”, explicou.
Para Luiz
Eduardo, é exatamente em decorrência da forte estiagem na Bacia do São
Francisco que hoje a energia eólica tem “importância capital para a
Região Nordeste, situação que deverá continuar por muito tempo, uma vez
que não vislumbramos, a curto prazo, uma mudança das característica
atuais”.
Ele disse,
ainda, que é possível imaginar que, no futuro, com a chegada de outras
fontes de energia, como a térmica, por exemplo, o sistema poderá
oferecer alternativas e responder mais rapidamente ao principal problema
decorrente da forte dependência da geração eólica que, por depender dos
ventos, e, portanto, ser intermitente, precisa de outras fontes que
compensem as variações dos ventos.
“A geração
termoelétrica de rápida resposta é uma fonte boa, assim como a
hidroelétrica, só que a estiagem está travando a fonte hídrica em razão
da falta de chuva na região. Com a recuperação da cascata do São
Francisco, que só será possível no médio e no longo prazos, poderemos
usá-la como mitigador da intermitência da fonte eólica”, afirmou.
Fornecimento de energia garantido para o Nordeste
Luiz Eduardo,
no entanto, garantiu que o fornecimento da energia para o Nordeste está
assegurado. Embora hoje a solução de maior garantia para a região passe
pela energia eólica, há ainda, segundo disse, uma contribuição
significativa da energia hidroelétrica importada do Norte e do Sudeste.
“Hoje podemos
dizer que o abastecimento do Nordeste, na maior parte do tempo, está
sendo garantido pelos mais de 50% da energia eólica produzida na região.
Depois, entra aí nesta equação a fonte térmica, além da energia hídrica
que vem do Norte e Sudeste. Mas é evidente que embora assegurado, a
complexidade da operação para viabilizar o abastecimento aumentou
bastante”, acentuou.
Crescimento
O diretor do
ONS disse que a energia proveniente de fonte eólica já responde em torno
de 6% da capacidade da matriz energética brasileira, percentual que
tende a se expandir até chegar em torno de 10% a 12% em 2021. “Este
percentual deverá expandir dos atuais 10 mil megawatss para algo em
torno de 14 a 15 mil megawats em 2021, o que é um crescimento
significativo”, opinou.
No último dia
16 de julho, a energia eólica respondeu por 12,6% de toda a energia
demandada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). No Nordeste, um novo
recorde: 64,2% da energia consumida na região, no último dia 30 de
julho, foram provenientes dos ventos.
Fonte: JL/Notícias ao Minuto
Nenhum comentário:
Postar um comentário