Procurador participou do lançamento da campanha Todos Juntos Contra Corrupção, na sede do Conselho Nacional do Ministério Público, em Brasília

O procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, disse nesta terça-feira (12) que, diante
das fartas provas de corrupção coletadas pelo Ministério Público, só
resta aos investigados tentar "desacreditar" os investigadores.
"Nunca se
viu, em toda a nossa história, tantas investigações abertas, tantos
agentes públicos e privados investigados, processados e presos. As
instituições estão funcionando", disse Janot.
"As reações
também têm sido proporcionais. Como não há escusas pelos fatos
descobertos, tantos são os fatos e tão escancaradamente comprovados, que
a estratégia de defesa não pode ser outra senão tentar desconstituir,
desacreditar a figura das pessoas encarregadas do combate à corrupção."
Janot
participou do lançamento da campanha Todos Juntos Contra Corrupção, na
sede do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), em Brasília.
"O
enfrentamento à corrupção nos últimos anos foi alçado a prioridade na
atuação do Ministério Público brasileiro", disse o procurador-geral,
cujo mandato termina no próximo domingo (17).
Janot não
citou nomes nem casos concretos ao falar sobre a corrupção. Nos últimos
dias, ele tem sido alvo de críticas de políticos devido às novas
revelações sobre o acordo de delação de executivos da JBS.
Há suspeitas
de que um ex-auxiliar de Janot, o ex-procurador Marcello Miller, tenha
atuado em favor da JBS durante a elaboração do acordo de delação com a
PGR (Procuradoria-Geral da República), entre fevereiro e março deste
ano. Miller pediu exoneração em fevereiro, mas só foi oficialmente
desligado do Ministério Público em 5 de abril.
Depois de
deixar a carreira de procurador, Miller passou a trabalhar no escritório
de advocacia Trench Rossi Watanabe, que negociou parte do acordo de
leniência (de pessoa jurídica) da JBS. O ex-procurador tem negado
irregularidades em sua atuação.
No evento
desta terça, Janot disse que "com certeza muitas pernas tremem" ante o
trabalho de combate à corrupção que vem sendo desenvolvido. "A corrupção
aniquila vidas, sonhos e a esperança de dias melhores", declarou.
CAMPANHA
A campanha
Todos Juntos Contra Corrupção é uma iniciativa de várias entidades sob
coordenação do CNMP. Procuradores anunciaram o lançamento de editais
para selecionar iniciativas educacionais para promoção da cidadania e de
uma cultura de intolerância à corrupção.
Também foi lançada uma campanha publicitária, com várias peças que serão divulgadas em veículos de imprensa e institucionais.
Em sua fala,
Janot disse considerar a educação um dos caminhos para prevenir a
corrupção e elogiou a atividade da imprensa, que dá transparência às
investigações em curso.
O ministro da
Transparência e Controladoria Geral da União, Wagner Rosário, o
presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Raimundo Carreiro, e
autoridades do governo do Distrito Federal também participaram do evento
no CNMP.
Fonte: JL/Notícias ao Minuto
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