"O cara está fragilizado, então vamos relevar o que ele disse", afirmou o general da reserva, que também defende uma nova Constituição- Por Reuters

Hamilton Mourão: candidato a vice defende as reformas tributária, da Previdência e da Constituição (Paulo Whitaker/Reuters)
São Paulo – O candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Hamilton Mourão
(PRTB), afirmou nesta segunda-feira que é preciso relevar o discurso do
presidenciável sobre uma possível fraude na eleição e defendeu uma
reforma na Constituição.
“Tem que relevar um homem que praticamente morreu, quase morreu, que
passou por duas cirurgias graves. O cara está fragilizado, então vamos
relevar o que ele disse. Minha posição é que o jogo é esse, nós vamos
jogar e vencer no primeiro turno”, disse Mourão a jornalistas em evento
do Sindicato da Habitação ‘(Secovi), em São Paulo.
No domingo, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo do hospital onde está internado, após ser esfaqueado dia 6, e reforçou sua tese de uma possível fraude no pleito de outubro, afirmando que “não temos qualquer garantia nas eleições”.
Esse tema tem sido recorrente nas declarações do presidenciável.
Pouco antes do atentado ele voltara ao assunto, falando que em nenhum
outro país do mundo a votação e a apuração é completamente eletrônica, o
que seria um sinal claro da fragilidade do sistema adotado pelo Brasil.
Em discurso para uma plateia de empresários, Mourão defendeu as
reformas tributária, da Previdência e da Constituição, após provocar
polêmica, na semana passada, ao dizer que a Constituição não precisa ser
feita por eleitos pelo povo.
“Outro dia eu externei minha opinião sobre a questão da Constituição e
fui taxado de antidemocrático. Se eu fosse antidemocrático, eu não
estaria participando da eleição, eu estaria com a minha 45, limpando ela
bonitinha, e aguardando melhores dias. Não é isso que estou fazendo,
obviamente”, disse.
“Nossa Constituição é terrível, ela abarca do alfinete ao foguete.
Uma Constituição tem que ser de princípios e valores… a nossa está
totalmente desatualizada, precisamos de uma outra. Considero essa a mãe
todas as reformas, teremos que lidar com isso em algum momento”,
completou.
O candidato a vice na chapa de Bolsonaro, que lidera as pesquisas de
intenção de voto, reforçou ainda a ideia de privatizações, caso seja
eleito.
“Tem que privatizar o que deve ser privatizado… na área do petróleo, a
distribuição e o refino podem e devem ser privatizados”, afirmou.
exame.abril.com.br
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