O procurador autor da denúncia argumentou que Adélio Bispo planejou o ataque com antecedência de modo a excluir o presidenciável da disputa

Adélio Bispo: autor do atentado foi preso em flagrante (Ricardo Moraes/Reuters)
O juiz federal Bruno Savino, da 3a Vara
Federal de Juiz de Fora (MG), aceitou denúncia do Ministério Público
Federal contra Adélio Bispo de Oliveira, autor confesso da facada no
candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). O ataque ocorreu no início do mês de setembro. De acordo com a decisão, o réu tem 10 dias para apresentar sua defesa.
O Ministério Público Federal (MPF)
denunciou o agressor de Jair Bolsonaro por atentado pessoal decorrente
de inconformismo político. Segundo a Procuradoria da República, o
acusado colocou em risco o regime democrático ao tentar interferir no
resultado das eleições por meio do assassinato de um dos concorrentes na
disputa presidencial.
O procurador autor da denúncia argumentou que Adélio Bispo planejou o
ataque com antecedência de modo a excluir Bolsonaro da disputa. O autor
recorreu ao depoimento do acusado e a elementos obtidos na
investigação, como rastros da navegação dele na internet, mensagens de
celular e histórico de atuação política. A denúncia destacou elementos
que indicam uma forte crítica de Adélio a Bolsonaro e a suas posições
políticas.
“O propósito do ato foi o de eliminar fisicamente o candidato da
disputa pela Presidência da República, excluindo-o do pleito, de modo a
impedir que as suas ideias, caso acolhidas pela maioria, passassem a
informar as políticas públicas do governo federal”, afirmou o procurador
Marcelo Borges de Mattos Media, autor da denúncia.
E acrescentou, no documento: “O objetivo, em suma, diante da
perspectiva da eleição daquele de quem ‘discorda radicalmente’ foi o de
determinar o resultado das eleições, não por meio do voto, mas mediante
violência”.
Por Agencia do Radio
Exame
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