sábado, 6 de outubro de 2018

CAMPANHA ELEITORAL Em último ato de campanha, Alckmin é xingado de 'corrupto safado'

Negou sentir uma onda a favor de Jair Bolsonaro (PSL) e sentenciou: "Vamos continuar com absoluta coerência até amanhã na votação"

O
grupo que acompanhava Geraldo Alckmin (PSDB) em uma estação nova do metrô na capital paulista descia as escadas rolantes em silêncio. Até que alguém gritou Bolsonaro.
Aí a militância reagiu com gritos de guerra. Abafou, instantes depois, xingamentos de "corrupto safado" desferidos de outra direção.
Chovia do lado de fora da estação na hora do almoço, neste sábado (6), véspera da eleição. Maria Lucia, mulher do candidato, o acompanhava sem largar seu braço.
A comitiva entrou no trem e andou da estação Santa Cruz para Hospital São Paulo. No desembarque, Alckmin parou para dar entrevista.
Passou três minutos descrevendo ações de seu governo em São Paulo. "Estou dizendo tudo isso para dizer do nosso compromisso com a infraestrutura e as obras porque isso gera muito emprego", explicou.
Então, passou a responder perguntas. Poucos aliados vieram. Sua campanha termina esvaziada?
"Não, imagine, estou chegando de Bauru, tinham lá dezenas de prefeitos. Isso era mais uma visita para a gente ver as novas estações do metrô."
Faz alguma autocrítica? "Estamos trabalhando, pedindo voto. Aí amanhã, sim, o povo decide e o que decidir está bem decidido", respondeu.
"Trabalhei, suei a camisa para evitar que o país fosse para o radicalismo. Os radicalismos populistas de esquerda ou de direita autoritários não ajudam o país a se recuperar. Podem gerar mais crise."
Disse que "não há a menor hipótese" de não ir para o segundo turno e fez uma avaliação da corrida eleitoral.
"Vejo um cenário de uma eleição atípica. Tivemos um candidato de um partido definido há quatro semanas, outro que teve um atentado, tomou uma facada. Muita gente votando no candidato porque não quer o PT. Outros votando no PT porque não quer o outro candidato. Mas o fato é que metade da população não quer nenhum dos dois."
Negou sentir uma onda a favor de Jair Bolsonaro (PSL) e sentenciou: "Vamos continuar com absoluta coerência até amanhã na votação".
Um repórter ainda perguntou se o candidato a governador João Doria (PSDB) o acompanharia na votação no domingo (7). Alckmin respondeu já andando: "Pergunte a ele".
Saiu da estação e foi tomar um cafezinho na padaria ao lado. Contou que, na quinta-feira(4), depois do debate da Globo, o senador José Serra (PSDB) chegou ao hotel para encontrá-lo.
Estava animado, querendo tomar um vinho do porto, contou. Alckmin não bebe. Serra pediu um conhaque e virou o copo.
Na bagunça da padaria, pediu o celular ao ajudante de ordens. Minutos depois mostrou uma foto que alguém encaminhou dele aos 13 anos com as irmãs na cidade natal, Pindamonhangaba (SP).
"Olha o bonitão. Sou eu", piscou. "Fazia muito sucesso naquele tempo."
Edição: tropical Noticias

Fonte: JL/Notícias ao Minuto

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