Jair Bolsonaro (PSL) lidera as pesquisas. Haddad pode representar PT no 2º turno. Geraldo Alckmin é pior tucano desde
Se
as eleições de 2018 tiverem 2º turno, o cenário será inédito nos
últimos 24 anos. Os 2 candidatos finalistas não devem ser representantes
do PT e do PSDB.
As pesquisas de intenção de voto nos últimos dias indicam que os brasileiros decidirão entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) no 2º turno, em 28 de outubro. Outra hipótese seria vitória de Bolsonaro já neste domingo (7.out.2018) –o que seria outro fato raro, pois desde 1998, há 20 anos, 1 candidato não vence a disputa na primeira rodada de votação.
O único
pleito pós-ditadura militar que não teve os 2 partidos nas duas
primeiras posições da corrida ao Planalto foi o 1º, em 1989 –quando
Fernando Collor, do minúsculo e já extinto PRN (Partido da Reconstrução
Nacional), venceu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno.
O PT sempre
esteve entre os 2 primeiros colocados em todas as eleições presidenciais
desde 1989. Já o PSDB em 1989 foi representado por Mario Covas, que
ficou em 4º lugar.
Depois de
perder para Collor na primeira eleição presidencial direta pós-ditadura,
o PT foi derrotado pelo tucano Fernando Henrique Cardoso, ainda no 1º
turno, em 1994 e 1998.
O petismo
venceu depois 4 vezes seguidas. A 1ª vez com Lula em 2002, contra José
Serra (PSDB). Em 2006, Lula foi reeleito derrotando o tucano Geraldo
Alckmin. Dilma Rousseff ganhou duas vezes também de integrantes do PSDB:
em 2010 (de Serra) e em 2014 (de Aécio Neves).
Em 2018, o
lugar do PSDB na polarização em relação ao PT deve ficar com Jair
Bolsonaro, do nanico PSL (Partido Social Liberal) –uma sigla que elegeu
apenas 1 deputado em 2014 e cresceu para a atual bancada de 8 congressistas após a filiação do candidato militar.
Bolsonaro
lidera isolado as pesquisas de intenção de voto desde que a candidatura
de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência foi indeferida pelo TSE
(Tribunal Superior Eleitoral). Com pouco tempo de TV, uma coligação com
apenas 1 partido, o também minúsculo PRTB (Partido Renovador
Trabalhista Brasileiro), e uma campanha centrada nas redes sociais
e no trabalho voluntário indireto de seus apoiadores, o candidato do
PSL é favorito a sair das urnas como o mais bem votado do 1º turno.
Já o PT deve
novamente figurar entre os 2 primeiros colocados na disputa
presidencial. Lula liderava todos os cenários em que era testado nas
pesquisas de intenção de voto. Mas como foi condenado em 2ª Instância
pelo TRF-4, teve sua candidatura barrada pelo TSE com base na Lei da
Ficha Limpa.
Seu
substituto, Fernando Haddad, registrava menos de 5% nas pesquisas até
ser oficializado candidato à Presidência pelo PT. Depois, absorveu parte
dos apoios de Lula e cresceu em intenções de voto até se consolidar na
2º colocação, 1 pouco acima dos 20% nas pesquisas.
A tendência,
apontada pelos levantamentos nacionais, é de realização de 2º turno
entre o petista e o candidato do PSL. A curva de crescimento dos 2 fica
clara na projeção do agregador de pesquisas do Poder360,
o mais completo acervo da internet brasileira –atualizado com todas as
pesquisas divulgadas até o sábado (6.out.2018), véspera do 1º turno.
As pesquisas
de intenção de voto indicam que o PT conseguirá novamente ficar entre os
2 primeiros na corrida presidencial. Seu adversário histórico parece
não ter a mesma força. Dono da maior coligação, com 8 aliados, e do
maior tempo de TV, Geraldo Alckmin e o PSDB não conquistar apoios para
decolar. O tucano pode terminar como o pior candidato da legenda desde
1989 em termos percentuais.
Geraldo
Alckmin está em 4º lugar nas últimas pesquisas. Registrou 8% de
intenções de voto nos levantamentos de Datafolha e Ibope divulgados na
véspera do 1º turno. Os números indicam que pode ficar até com menos do
que os 11,51% de votos totais (contando brancos e nulos) que Mário Covas
conquistou no 1º turno em 1989.
O resultado
pode indicar 1 novo ciclo para o PSDB nas urnas, apartado do eleitorado
antipetista que quase levou Aécio Neves à Presidência em 2014 e agora se
concentrou em torno da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).
O 1º passo
desse novo caminho será decidido com a posição do partido em 1 eventual
2º turno entre Bolsonaro e Haddad. Depois, pelas decisões que tomará em
relação ao novo governo, especialmente se o vencedor não for o pólo
petista da política brasileira.
Fonte: JL/PODER 360
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