Parlamentares são suspeitos de terem recebido um 'mensalinho' oriundo de superfaturamento de contratos, para apoiar o ex-governador Sérgio Cabral

Primeira fase da Operação Cadeia Velha,
em novembro de 2017, teve como alvo o presidente da Alerj, Jorge
Picciani (MDB) (Reginaldo Pimenta/Raw Image/Folhapress)
A Polícia Federal realiza, na manhã desta quinta-feira 8, a operação Furna da Onça. Há 22 mandados de prisão – dez deles contra deputados estaduais – e 47 de busca e apreensão. Segundo a PF, o objetivo é investigar “a participação de deputados estaduais do Rio de Janeiro
em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos
públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração
estadual”.
A ação é a segunda fase da operação Cadeia Velha, deflagrada em novembro de 2017, quando foram presos o presidente da Alerj, Jorge Picciani,
e os deputados estaduais Edson Albertassi e Paulo Melo, todos do MDB.
Os três são alvos de novos mandados de prisão nesta quinta, mas
Albertassi e Melo já estão detidos em Bangu, enquanto Picciani está em
prisão domiciliar. Os outros mandados foram cumpridos.
Os outros sete deputados estaduais alvos da operação são: André
Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (SD), Luiz
Martins (PDT), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante) e Marcos
Vinícius Neskau (PTB). Também foram expedidos mandados de prisão contra o
secretário estadual de Governo, Afonso Monnerat, o presidente do
Detran-RJ, Leonardo Jacob, e o ex-presidente do órgão, o deputado
federal eleito Vinícius Farah (MDB-RJ).
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), com exceção de Picciani,
Melo e Albertassi, as demais prisões são em caráter temporário, por um
período inicial de cinco dias. No total, 200 policiais federais, 35
membros do MPF e dez auditores da Receita Federal cumprem mandados. A
operação foi autorizada, por envolver deputados estaduais, pelo Tribunal
Regional Federal da 2ª Região (TRF2).
Dos parlamentares alvos da operação, todos disputaram um novo mandato
nas urnas no último dia 7, com exceção dos três que já estavam presos.
Desses, cinco (Corrêa, Chiquinho, Martins, Abrahão e Neskau) foram
reeleitos. Coronel Jairo e Marcelo Simão perderam as eleições.
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