
O número de pessoas vivendo em situação de pobreza no Piauí cresceu
entre os anos de 2016 e 2017. De acordo com a Síntese de Indicadores
Sociais, divulgada nesta quarta-feira (5) pelo IBGE, há 2 anos o Estado
tinha 45,1% de sua população vivendo nessa situação. Em 2017, o indíce
subiu para 45,3%, o que equivale a 8.234 pessoas a mais.
Em termos absolutos, em 2016 o Piauí tinha 1.448.161 de piauienses em
situação de pobreza, já em 2017 eram 1.456.395. O IBGE estimou a
população geral do estado em 3.211 milhões no ano passado.
Usando os dados de 2017 e comparando todos os estados, a maior
proporção de pobres estava no Maranhão, com mais da metade da população,
54,1%, e em Alagoas, 48,9%, seguido de Acre (47,7%), Amazonas (47,9%),
Amapá (45,9%) e Piauí com 45,3%.
O estudo utilizou critérios do Banco Mundial, que considera pobres
aqueles com rendimentos diários abaixo de US$ 5,5 ou R$ 406 mensais pela
paridade de poder de compra.
País
O país tinha 54,8 milhões de pessoas que viviam com menos de R$ 406
por mês em 2017, dois milhões a mais que em 2016. Isso significa que a
proporção da população em situação de pobreza subiu de 25,7% para 26,5%,
de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais. O Nordeste concentrou o
maior percentual daqueles em situação de pobreza, 44,8%, o equivalente a
25,5 milhões de pessoas.
Para erradicar a pobreza, o estudo apontou que seria necessário
investir R$ 10,2 bilhões por mês na economia, ou garantir R$ 187 por mês
a mais, em média, na renda de cada pessoa nessa situação. A análise
demonstra que não só a incidência da pobreza aumentou, mas também a
intensidade, já que em 2016 esse valor era de R$ 183 a mais.
Arte: Marcelo Barroso

O analista da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, Leonardo
Athias, indica que, além de políticas públicas do governo, a melhora nas
condições do mercado de trabalho é um dos caminhos que podem contribuir
para a redução da pobreza: “ter oportunidades, reduzir a desocupação e
aumentar a formalização têm obviamente uma série de efeitos que permitem
as pessoas saírem dessa situação”.
Edição Tropical Noticias
(Com informações do IBGE)
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