sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Alertar não é fazer terrorismo


 
 
O governador Wellington Dias deu entrevista ontem, pedindo que não se faça alarde, ou seja, não se faça verdadeiro terrorismo sobre eventuais riscos que oferecem as barragens do Piauí. Apesar de um relatório apontar que 31 delas estão em nível de preocupação, este jornalista tem chamado a atenção especialmente para quatro: em José de Freitas, em Campo Maior, em Piripiri e Piracuruca. Nesta última, até o filho ilustre da terra, o desembargador Luiz Brandão de Carvalho, já manifestou preocupação ante o risco que ela oferece, de romper. Tudo bem que o governador externe essa calma, avisando que as barragens estão sob controle. Mas, como ele próprio se referiu ao arrombamento da barragem de Algodões, em Cocal, que poderia ter sido evitada, aqueles tristes fatos já servem de norte para evitar outras tragédias. Então, não custa ficar atento e, ao contrário de Algodões, o governador precisa se cercar de bons técnicos exatamente para evitar o que ocorreu em Algodões. Não há negar, sua excelência se cercou de péssimos auxiliares, tanto que um deles chegou a garantir que rasgaria o diploma se a barragem rompesse quando até o então prefeito da cidade havia retirado as famílias das áreas de risco e, por conta da bravata do tal engenheiro, teve que retorná-las para, infelizmente, serem engolidas pelas enxurradas, uma semana depois. Por tudo que ocorreu em Algodões, onde a maioria das vítimas ainda hoje aguarda pelas indenizações, só se espera que elementos daquele naipe não estejam no grupo que cuida das barragens de hoje. Portanto, para evitar a repetição de tamanha desgraça, ainda que se pareça ‘terrorismo’, os alertas devem ser repetidos.   

Terrorismo

O governador Wellington Dias disse que fazem terrorismo em relação à situação das barragens no Piauí.
De acordo com o governo, após a tragédia do rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho (MG), as construções semelhantes no Piauí passaram a ser examinadas.
O governador precisa olhar um pouco mais para trás, para a de Algodões, em Cocal.

Terrorismo 2

Olhar para trás para não ver repetida a tragédia de Algodões que poderia ter sido evitada, não fosse o irresponsável que disse ao governador que rasgaria o diploma como a barragem não romperia.
O que fez com que retornassem às áreas de risco as famílias que terminaram sendo atingidas.  

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