Em mensagem no início dos trabalhos legislativos, presidente fala em combater 'fraudes e privilégios' e cita modelo de capitalização

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) (Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo)
Em mensagem enviada ao Congresso no início dos trabalhos legislativos, nesta segunda-feira, 4, o presidente Jair Bolsonaro
(PSL) afirmou que o projeto de reforma da Previdência elaborado pelo
governo é “moderno” e “fraterno”, vai separar “previdência de
assistência” e combater “fraudes e privilégios”. Como Bolsonaro está
internado em São Paulo, onde se recupera de cirurgia no intestino, a
mensagem aos parlamentares foi entregue pelo ministro-chefe da Casa
Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e lida no plenário da Câmara pela
primeira-secretária do Congresso, deputada Soraya Santos (PP-RJ).
“Estamos concebendo uma proposta moderna e, ao mesmo tempo, fraterna,
que conjuga o equilíbrio atuarial com o amparo a quem mais precisa,
separando ‘previdência’ de ‘assistência’, ao tempo em que combate
fraudes e privilégios”, afirmou o presidente no texto.
Bolsonaro disse na mensagem que a reforma vai incluir o modelo de
capitalização, em que o trabalhador tem uma conta individual na qual
deposita recursos para sua aposentadoria. “A Nova Previdência vai
materializar a esperança concreta de que nossos jovens possam sonhar com
seu futuro, por meio da Poupança Individual da Aposentadoria, um dos
itens que está sendo formulado”.
De acordo com o presidente, a medida “procura elevar a taxa da
poupança nacional, criando condições de aumentar os investimentos e o
ritmo de crescimento”. “É um caminho consistente para liberar o país do
capital internacional”, completou.
Em apelo a deputados e senadores pela aprovação da reforma nas regras
para aposentadoria, Jair Bolsonaro declarou que, com a mudança, “a
confiança sobe, os negócios fluem, o emprego aumenta. E eis que se
inicia um círculo virtuoso na economia”. “Essa é uma tarefa do governo,
do Parlamento e de todos os brasileiros”.
Ainda na economia, Bolsonaro disse que seu governo pretende “abrir o
Brasil para as parcerias com a iniciativa privada, seja de capital
nacional, seja de capital externo – desde que se cumpram as exigências
legais”.
Depois de o ministro Sergio Moro apresentar um pacote
com leis anticrime, Bolsonaro disse na mensagem que seu governo
“declara guerra ao crime organizado”. “Guerra moral, guerra jurídica,
guerra de combate. Não temos pena e nem medo de criminoso. A eles sejam
dadas as garantias da lei e que tais leis sejam mais duras. Nosso
governo já está trabalhando nessa direção”, escreveu o presidente ao
Congresso.
Para Jair Bolsonaro, a criminalidade “bateu recordes” em razão do
“enfraquecimento das forças de segurança e de leis demasiadamente
permissivas”. “O governo de então foi tímido na proteção da vítima e
efusivo na vitimização social do criminoso. A mentalidade era: quem deve
ir para o banco dos réus é a sociedade”, criticou.
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