Apesar da importância para a economia do país, pesquisa encomendada pela RecordTV mostra que apenas 36% aprovam a reforma
Técnicos da Secretaria da Previdência durante apresentação da reforma
BBC NEWS BRASIL
Apontada por economistas e empresários como um ponto primordial de ajuste para o equilíbrio das contas do governo federal, a reforma da Previdência não tem obtido apoio da população e, segundo especialistas, a culpa é da comunicação ruim do governo sobre o tema.
Pesquisa exclusiva encomendada pela Record TV e realizada pela RealTime
Big Data mostra que apenas 36% dos entrevistados aprovam a reforma,
frente a 52% que desaprovam e 12% que afirmam que não sabem ou não
responderam sobre o tema. Os detalhes da pesquisa serão mostrados no Jornal da Record desta quarta-feira (20).
Arte/R7
O professor de Comunicação Política da Universidade Mackenzie, Roberto Gondo, afirmou em entrevista ao R7 que o índice baixo de aceitação está diretamente vinculado à forma como o governo tem comunicado à população sobre sua importância.
No ínicio do mês de março, o governo federal iniciou uma campanha
publicitária em que trata a reforma da Previdência como "Nova
Previdência", mas a ação tem sido apontada como ineficiente por não
falar diretamente com a população.
“O ministro da Economia, Paulo Guedes, precisa sair de seu bunker e ir a
público falar numa linguagem popular e simples para o povo compreender a
necessidade da aprovação da Previdência, e Bolsonaro também deve ir a
público para convencer a população, de forma simples, que se a reforma
da Previdência não for aprovada em breve não haverá dinheiro para pagar
os aposentados atuais", diz o professor.
Aprovação e expectativa
O presidente Jair Bolsonaro entregou a proposta de Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados no mês passado
e na tarde desta quarta-feira (20), entregou um texto para tratar de um
tema importante e considerado polêmico pelos congressistas, que trata
da aposentadoria dos militares.
O governo espera que até o fim do ano a proposta seja aprovada, já que
ainda deve passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da
Câmara dos Deputados e ainda seguir por uma comissão especial, antes de
passar para votação no plenário da casa e, em seguida, ser apreciada
pelo Senado Federal, onde também deve ser submetida à comissão e votação
em plenário.
O Ministério da Economia calcula que, se for aprovada como foi
apresentada, a reforma da Previdência deve gerar uma economia de R$
1,165 trilhão em 10 anos, e as mudanças para os militares devem fazer o
governo poupar outros R$ 10 bilhões.
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