No primeiro trimestre deste ano, deram entrada 510.613 requisitos, ante 237.086 do mesmo período de 2018; concessões, porém, caíram 21%

No benefício por idade, foram solicitadas
280.048 aposentadorias nos primeiros três meses deste ano, contra
105.306 no mesmo período do ano anterior –uma alta de 166% (Gustavo
Roth/Folha Imagem/Dedoc)
A tramitação da reforma da Previdência
e as estimativas de deputados e membros do governo de quando o texto
pode entrar em vigor fizeram disparar em 115,4% o número de pedidos de aposentadoria recebidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
nos primeiros três meses deste ano. Entre janeiro e março, foram
pedidas 510.613 aposentadorias, ante as 237.086 requisições do mesmo
período de 2018. Os dados foram levantados pelo instituto a pedido de
VEJA.
O aumento do pedido aconteceu tanto nas aposentadorias por
idade como nas de por tempo de contribuição. No benefício por idade,
foram solicitadas 280.048 aposentadorias nos primeiros três meses deste
ano, contra 105.306 no mesmo período do ano anterior –uma alta de 166%. A
aposentadoria por idade é aquela que o segurado precisa ter, no mínimo,
60 anos, no caso das mulheres, e 65 anos no caso dos homens. Além
disso, são necessários 15 anos de contribuição.
No caso da aposentadoria por tempo de contribuição –em que não
há idade mínima–, o número de pedidos saltou de 131.780 no primeiro
trimestre de 2018 para 230.565 no mesmo período deste ano, com aumento
de 75%. No caso desse tipo de benefício, o segurado precisa comprovar ao
menos 30 anos de recolhimento no caso das mulheres e 35 anos no caso
dos homens.
De acordo com especialistas, o aumento no número de pedidos
está diretamente relacionado com a reforma da Previdência, tema chave
para o governo Bolsonaro. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi
enviada em 20 de fevereiro para o Congresso. Mesmo antes, desde o dia da
posse do ministro da Economia, Paulo Guedes, em 2 de janeiro, o tema
tem sido recorrente para a tomada de decisões e é apontado como decisivo
para os rumos da economia brasileira nos próximos anos.
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