Presidente deve ir ao plenário da Casa nesta quarta-feira, acompanhado do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro pretende ir à Câmara dos
Deputados nesta quarta-feira, 10, pela manhã para acompanhar
presencialmente parte da sessão de votação da proposta que modifica as
regras de aposentadoria no País. O ministro-chefe da Secretaria de
Governo, Luiz Eduardo Ramos, deve acompanhá-lo.
A sessão do plenário da Casa que vai deliberar sobre a reforma da
Previdência foi aberta na tarde desta terça-feira, 9, pelo presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A expectativa é iniciar os debates nesta
terça e entrar no processo de votação à noite ou na manhã desta quarta.
São necessários 308 votos para aprovar a reforma no primeiro turno na
Câmara. Pela manhã, Bolsonaro disse estar confiante na aprovação da
proposta em dois turnos pela Câmara antes do recesso parlamentar, que
começa em 18 de julho.
Ao longo desta terça-feira, Bolsonaro voltou a fazer elogios a Rodrigo
Maia. Mais cedo, disse que o deputado é "nosso general dentro da
Câmara". No início da tarde, afirmou que o presidente da Casa "quer o
melhor para o Brasil" e está empenhado na aprovação da proposta.
À tarde, o presidente afirmou a jornalistas que "tudo indica" que
categorias voltadas para a área da Segurança Pública deverão ficar fora
da proposta de reforma. Essas categorias seriam contempladas em um novo
Projeto de Lei Complementar (PLC) a ser editado após a promulgação da
reforma, explicou em um evento em Brasília. Desde a semana passada,
Bolsonaro tem atuado para viabilizar regras mais brandas para policiais
federais no texto final.
Na última quarta-feira, após ter sido chamado de traidor por alguns
policiais em protesto na Câmara, Bolsonaro conseguiu alterações no texto
da reforma da Previdência para beneficiar a categoria. Segundo fontes
ouvidas pelo Broadcast na ocasião, o presidente ligou para diversos
líderes partidários solicitando as mudanças. Segundo essas fontes, a
pressão dos parlamentares teria levado o relator, Samuel Moreira
(PSDB-SP), a ceder nesse ponto, colocando uma idade menor para que
policiais se aposentem.
Estratégia
O Diário Oficial da União desta terça-feira traz a exoneração
temporária dos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do Turismo,
Marcelo Álvaro Antônio, para que eles possam reassumir seus mandatos de
deputado federal e votar a favor da reforma da Previdência na Câmara. A
ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também deverá retornar à
Câmara para votar em prol da reforma. A expectativa é que os ministros
licenciados retornem aos respectivos cargos depois que a votação for
concluída.
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