Com o placar de 5 a 4 a favor da autorização do cumprimento da pena antes do fim do processo, a tendência é que placar vire com os próximos votos
STF se reúne pela quinta vez para discutir o tema
O ministro Gilmar Mendes votou nesta quinta-feira (7) contra a prisão
após condenação em segunda instância. O placar até o momento, no
entanto, é desfavorável a seu posicionamento, que perde por 5 a 4.
Depois do voto, a sessão foi interrompida por 30 minutos.
Segundo Gilmar, o artigo 5º da Constituição deixa claro que a prisão só pode ocorrer após o processo transitado em julgado.
Gilmar Mendes admitiu que mudou de opinião, afinal no passado defendeu a
prisão após a segunda instância. Mas justificou a variação alegando que
os tribunais desvirtuaram a decisão e passaram a considerar obrigatória
a perda da liberdade após a condenação em segundo grau.
Segundo ele, em várias situações a prisão não seria necessária, mesmo após duas condenações.
"A minha formação firmava uma crença, hoje absolutamente abandonada
sobre a capacidade dos tribunais de segunda instância de distinguir e
corrigir situações abusivas", disse.
A quinta sessão sobre o assunto desde que ele retornou à pauta do STF,
em outubro, foi aberta com o voto de Cármem Lúcia favorável às prisões
após condenação em segunda instância.
Para ela, é natural a interpretação, e, mais que isso, a aceitação da
opinião contrária. "Quem gosta de unanimidade é ditadura", afirmou.
Dois ministros faltam votar. Pela ordem, o decano Celso de Mello e o presidente da Casa, Dias Toffoli.
Toffoli pode ainda apresentar uma terceira via, sugerindo que os réus
só poderão ser presos após a pena ser confirmada pelo Superior Tribunal
de Justiça (STJ).
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