quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Wellington Dias dá o calado por resposta a Ciro Nogueira

Abraço de tamanduá ou falsa amizade?
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), agora na segunda metade do seu quarto governo, não respondeu politicamente ao senador piauiense Ciro Nogueira (PP), que está pregando aos quatro cantos, um possível rompimento da base aliada.
Dias não comentou publicamente a insinuação do senador, que admite até um complô para tirá-lo da provável disputa ao senado quando deixar o governo. Fontes palacianas dão conta de que o governador ficou muito chateado com as insinuações, mas prometeu não responder o insulto.
 Ao vazar propositadamente um áudio onde faz comentários acerca da derrota de Wellington Dias ao Senado, Ciro Nogueira (PP/PI), investigado por corrupção na Operação Lava Jato admite que suas vitórias nas urnas são resultado de vantagens financeiras que ele trata como “estrutura”.


A “confissão” do Parlamentar se dá durante conversa com o escrivão da polícia civil, Ronaldo Lages. A gravação com a voz de Ciro foi disparada nas redes sociais, com percussão negativa no Brasil inteiro.
Além de confessar a prática ilegal de captação de votos no período eleitoral, Nogueira adianta um plano para derrotar eventual candidatura ao Senado do atual governador do Piauí, Wellington Dias que, na última eleição, deu apoio incondicional à reeleição do parlamentar do PP, diz a Revista Fórum.
Por sua vez, Ronaldo Lages chega a citar as cidades de Barras, Esperantina e Luzilândia para Ciro investir forte para derrubar o petista.
Ainda nos áudios, o perigoso escrivão, que é ex-prefeito de Nossa Senhora dos Remédios, explica ao senador um audacioso plano para eleger sua prima Cynara Lages à prefeitura de Barras no próximo ano.

O AÚDIO DA BRAVATA DE CIRO
Ronaldo declara, ainda, que, juntos na região Norte, ele, Ciro e Dó Bacelar podem derrotar qualquer cidadão que ousar ameaçar suas pretensões políticas. A meta é investir "pesado" para comandar tudo.
 Com erros grosseiros de português, o semialfabetizado escrivão assegura ao senador, vantagens no conluio político para ambas as partes. “Eu sei o que você tá querendo, você não é criança […] Do jeito que você tá querendo aí eu lhe garanto que é eu você e o Dó Bacelar – (atual prefeito de Porto, ao Norte do Piauí) sentar que nós não perde em lugar nenhum. Ainda mais começando cedo assim”, diz Lages em trecho da conversa.

Ronaldo Lages ao ser preso por invadir preferencial e matar biomédica em acidente de carro
Luzilândia e Esperantina são as duas cidades que os dois focam na conversa. A última é governada pela petista Vilma Amorim e é tida como “a eleição mais difícil do mundo”. Como solução, os dois cogitam “polarizar” com Themístocles Filho, deputado estadual (MDB), presidente da Assembleia Legislativa do Piauí.
Em Luzilândia, o esquema envolveria o presidente da Câmara de Vereadores, Júnior Ema (PSL), que Lages trata como amigo pessoal. “Louco pra ser prefeito, ele joga baralho comigo, vai lá em casa, é político profissional, morto de liso. Agora mesmo ele foi lá em casa e, no sacrifício, arrumei R$ 10 mil contos pra ele e tudo. Lá em Luzilândia a gente consegue fazer”, conta.
“Estrutura”
Também foi revelado o primeiro áudio do que tem sido chamado na imprensa piauiense de “Vaza Ciro”. Em conversa com o mesmo Ronaldo, ele  admite ser impopular e que só ganha eleições com “estrutura”.

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