Ministro da Saúde explica que, diferente de países do hemisfério norte, no Brasil a sazonalidade do vírus influenza vai se sobrepor à do novo coronavírus
Luiz Henrique Mandetta, ministro da SaúdeReprodução/ TV Brasil
Os meses mais difíceis no combate à disseminação do novo coronavírus no Brasil devem ser o mês de maio, na região Sudeste, e o mês de junho, no Sul do país, afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira (15).
Nos países do hemisfério norte, disse o ministro, houve a temporada de infecção por influenza e, depois, a do novo coronavírus. Agora, lidam com a pandemia durante a primavera. No Brasil, estamos entrando no inverno e a sazonalidade de influenza vai se sobrepor à do novo coronavírus.
No Sudeste, região do país onde há maior densidade populacional, mais é o mês em que mais há casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). "É nossa sazonalidade. Vamos entrar com ela e com o corona juntos. Sempre soubemos q maio seria o mês mais complexo", disse Mandetta. Já nos estados da região Sul, é nos meses de junho e junho que a sazonalidade preocupa, especialmente porque a região é a que tem o maior número de idosos no Brasil.
De acordo com o ministro, "o vírus estpa escrevendo sua história natual. Está conhecendo a sociedade brasileira e a sociedade brasileira está conhecendo esse vírus". Ele avalia que o país fez uma boa redução da dinâmica social para evitar a disseminação, mas ponderou que "alguns acham q foi exagero”.
Casos e óbitos
O Brasil registrou 204 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 1.736, segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira. No mesmo período, houve o registro de 3.058 casos confirmados da doença, (maior número em um único dia) chegando hoje a 28.320. A taxa de letalidade da doença em todo o país é de 6,1%.
Demissão recusada
Na entrevista coletiva concedida esta tarde, Mandetta anunciou que recusou a demissão do secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kléber de Oliveira, que chegou a enviar uma mensagem de despedida à sua equipe durante a manhã.
"Entramos no ministério juntos e sairemos do ministério juntos", declarou Mandetta. "Já falei que não aceito [a demissão], Wanderson continua. Nós vamos trabalhar juntos até o momento de sairmos juntos do ministério da Saúde", completou o ministro.
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