O Brasil, em especial o Piauí, lida com uma epidemia real: a corrupção. Esta desvela como nunca o país e o estado desigual e injusto que habitamos. E, não é de hoje! Atentai bem!
A pandemia da COVID-19 escancarou o que o povo piauiense já sabia: a corrupção aqui é endêmica! Até numa hora difícil como esta os ladrões de plantão e terno e gravata não descansam! Em voga a insana sanha pelo poder, vontade incontrolável pelo apego à matéria e a desonestidade arraigada. Gestores manipulam dados e informações da situação de modo a transparecer que o caos é generalizado (e em alguns locais é), mas o objetivo é passar a ideia de que a situação foge ao controle e é preciso que venham recursos financeiros para o enfrentamento da crise. Aí logo se decreta o “estado de calamidade”, pois este assegura a “legalidade” para comprar/contratar quem quiser, ao preço que quiser.
Oportunismo, ações demagógicas e muita corrupção constituem a face desta forma vil de cuidar do bem público. E, a calamidade serve para o deleite destes insanos. Sem meios termos, a corrupção sistêmica é a raiz de todos os males deste torrão. Dela derivam todos os outros problemas que afligem a terra “filha do sol do Equador”: pobreza, escola sem qualidade, desemprego, representação política sem qualidade, violência, falta de aparelhamento do sistema de saúde pública, dentre outras mazelas.
Pobre Piauí! Tanta indignação nos faz, com constrangimento, concordar com a afirmação de que Wellington Dias é um exemplo desta malvadeza. Sim governador, você é malvado! Cadê a transparência dos atos governamentais?
A Secretaria de Saúde fazendo compras desnecessárias, contratação de serviços questionáveis e tudo a preço que causa estranheza no seu valor pago. Não se trata de satanizar o gestor piauiense, mas é preciso que a sociedade acorde e reflita sobre a forma como a sua turma tem cuidado do estado. Em seu quarto mandato, o objetivo maior sempre foi, à frente de qualquer outra intenção, a defesa de um projeto político pessoal. Ele mal assumiu esta gestão e, irresponsavelmente, já entrou em campanha para o Senado 2022! Com extrema competência ele conduz seu “projeto de poder”. Mérito no uso da coisa pública como uma extensão privada do seu bem querer.
Mas, a quem recorremos? Quem deveria fiscalizar os atos do Poder Executivo, papel constitucional, era o Poder Legislativo, mas este caiu na sarjeta. Como fiscalizar um governador que dá cargos e outras vantagens ao fiscal? Os deputados estaduais, na sua quase totalidade, estão do seu lado e não vêm nada de errado na gestão, uma lástima! Dúvida sobre quem mata mais?! Fernando Gomes, sociólogo
Edição Tropical Noticias
Fonte Folha de Parnaiba
(*) Fernando Gomes, sociólogo
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