Ao acompanhar manifestação a favor do governo em Brasília, o presidente afirmou que "não há mais conversa" e que fará cumprir a Constituição
Bolsonaro assiste a ato de apoio ao governo em frente ao Palácio do Planalto
Reprodução/Facebook
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, após saudar manifestantes que participaram de carreata em apoio ao governo em Brasília,
que não vai mais aceitar interferência no Poder Executivo e que nomeará
o novo diretor-geral da Polícia Federal nesta segunda (4). As falas do
presidente foram transmitidas ao vivo em sua rede social.
"Queremos a independência verdadeira dos Três Poderes. Chega de
interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a
paciência", disse Bolsonaro na rampa do Palácio do Planalto, abraçado à
filha, Laura. Ao final da transmissão, o presidente disse que "não há
mais conversa" e que fará cumprir a Constituição, dizendo em seguida que
fará a nomeação do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. nesta
segunda (4).
O tema levantou polêmica na última quarta-feira (29), após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) suspender a nomeação do delegado Alexandre Ramagem,
feita por Bolsonaro. Na mesma data, o presidente afirmou que mantinha a
intenção de colocar Ramagem no cargo de diretor-geral da corporação.
"Chegamos no limite, não tem mais conversa. Não só exigiremos, faremos
cumprir a Constituição, e ela será cumprida a qualquer preço. E ela tem
dupla mão. Amanhã nomearemos o novo diretor da PF", disse Bolsonaro, que
estava sem máscara, mas manteve distância dos apoiadores.
O presidente falou que a manifestação espontânea reforça que "o povo
quer realmente estar ao lado da verdade. O povo está conosco. As Forças
Armadas também estão do nosso lado. E Deus acima de tudo”, afirmou.
Durante o ato, Bolsonaro voltou a culpar governadores pela crise
econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus. "O Brasil como um
todo reclama volta ao trabalho. Essa destruição de empregos
irresponsável por parte de alguns governadores é inadmissível", disse em
vídeo ao vivo.
"O preço vai ser muito alto na frente: fome, desemprego, miséria.
Isso não é bom", continuou. O presidente fez alertas sobre a covid-19, mas ressaltou que o efeito colateral de combate à pandemia não pode ser "pior que os efeitos do vírus".
Isso não é bom", continuou. O presidente fez alertas sobre a covid-19, mas ressaltou que o efeito colateral de combate à pandemia não pode ser "pior que os efeitos do vírus".
"Infelizmente, muitos serão infectados, infelizmente, muitos perderão
suas vidas também. Mas é uma realidade que temos que enfrentar", disse o
presidente.
O presidente desceu a rampa duas vezes e se aproximou da grade para
cumprimentar a multidão de apoiadores, a maior parte deles sem máscara e
aos gritos de "mito". A equipe que acompanhava Bolsonaro e seus filhos
Laura e Eduardo também não usavam máscaras.
Também integravam o grupo que acompanhava o presidente os deputados
federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Hélio Lopes (PSL-RJ) e Caroline de
Toni (PSL-SC). "Estamos mudando esse Brasil de verdade", afirmou Lopes.
"Estamos aqui para que você cidadão exerça seu direito de voltar a
trabalhar.
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