quinta-feira, 21 de maio de 2020

Hospital cria teste de detecção de covid-19 para uso em larga escala

  1. Previsão é de que esteja disponível para entrar na rotina do laboratório do Hospital Albert Einstein dentro de três semanas, até o início de junho

Exame pode ser uma alternativa para a testagem da doença em larga escala

Exame pode ser uma alternativa para a testagem da doença em larga escala

Marcelo Bittencourt/Futura Press/Folhapress
O Hospital Israelita Albert Einstein desenvolveu um novo teste para detecção de covid-19. Divulgado nesta quinta-feira (21), o exame, segundo o hospital, não apresenta casos de falso-positivo e tem um volume de processamento de até 1.536 amostras, ou seja, 16 vezes maior do que o método RT-PCR, tido como padrão em vários países, pode oferecer.
Desta forma, o exame pode ser uma alternativa para a testagem da doença em larga escala. A previsão é de que esteja disponível para entrar na rotina do laboratório do hospital paulistano dentro de três semanas.


A análise dos resultados do exame é realizada por meio de uma plataforma de bioinformática chamada Varstation, também criada pelo hospital. Segundo o bioinformata Murilo Cervato, um dos responsáveis pela patente no Einstein, os resultados ficam prontos em três dias, mas as equipes já trabalham para reduzir este prazo.

Como é feito o teste

A coleta é feita por hastes flexíveis em contato com a saliva ou região nasal. Na sequência vem a obtenção do material genético do vírus (o RNA), que leva cerca de 30 minutos, com o uso de reagentes de acordo com protocolo feito pelo Albert Einstein.
Em seguida, para amplificar o material genético, os cientistas usam uma enzima para transformar o RNA do vírus em DNA complementar, chamado de cDNA.

Para a fase de biblioteca de sequenciamento, utilizam-se de fitas simples de DNA (os primers universais) para ajudar na amplificação do material genético em 100 milhões de vezes. No sequenciamento do DNA, se determina a sequência de letras que compõem o genoma completo do vírus. 

Por fim, a análise dos dados é feita em uma ferramenta também desenvolvida pelo hospital paulistano, por meio de uma sequência de instruções computacionais, compostos por um algoritmo de inteligência artificial que identifica os pacientes e seus respectivos resultados, que saem em até três dias. 
EDIÇÃO Tropical Noticias
Fonte R7

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