Eleições 2020: Documento reúne propostas de gestão educacional nos municípios
São quatro objetivos prioritários traçados para os novos gestores públicos que venceram o pleito deste ano: atendimento com qualidade na educação infantil, assegurar que todos os alunos sejam alfabetizados no início da trajetória escolar, evolução da aprendizagem e fluxo escolar, e redução das desigualdades
A |

São quatro objetivos prioritários traçados para os novos gestores
públicos que venceram o pleito deste ano: atendimento com qualidade na
educação infantil, assegurar que todos os alunos sejam alfabetizados no
início da trajetória escolar, evolução da aprendizagem e fluxo escolar, e
redução das desigualdades.
Para atingir esses objetivos, o “Educação Já Municípios” apresenta
recomendações de políticas educacionais nos eixos dos alunos, dos
professores, das escolas e secretarias municipais de Educação. Para cada
um dos eixos, há o desmembramento de diretrizes. No dos alunos, por
exemplo, há a diretriz de assegurar a oferta de vagas para atender todas
as crianças e jovens de idade escolar, garantir a frequência de todos
os alunos matriculados e que estejam em condições de aprender.
“No eixo dos professores, temos políticas educacionais como um plano de
carreira atrativo e sustentável, garantir a presença desses professores
na sala de aula, por exemplo. Para o eixo das escolas, temos valorizar e
profissionalizar a gestão escolar, garantir a infraestrutura apropriada
e apoiar o processo de melhoria nas propostas pedagógicas das escolas.
No eixo da secretaria, temos que ter um quadro técnico de profissionais
com competências e perfis adequados, garantir que estrutura da
secretaria reflita as prioridades da pasta”, explica Gustavo Wei,
coordenador de relações federativas do Todos pela Educação.
Efeitos da pandemia
A paralisação das atividades escolares acarretou algumas
consequências. Para Gustavo Wei, a principal delas foi a desigualdade
educacional entre os alunos, ou seja, estudantes mais vulneráveis
tiveram menos condições nos últimos meses de aprender, seja pelo acesso à
internet ou pelo suporte de equipamentos.
Por outro lado, Wei aponta um efeito positivo que o setor educacional
vai levar da pandemia. “Avançaram as discussões sobre a educação híbrida
no Brasil. Se o país for capaz de dar aos alunos mais pobres condições
de frequentar esse tipo de ensino, a gente pode observar ganhos, tanto
educacionais quanto de acesso. Desde que garantidas as condições, o que
hoje ainda é muito difícil, podemos ter ganhos nessa área”, opina.
Reabertura

Para o “Todos pela Educação”, além da dificuldade financeira que vai
enfrentar por conta da pandemia, os gestores públicos devem seguir
quatro caminhos para a reabertura das escolas de todo o país. O
primeiro, fazer uma avaliação para saber o quanto os alunos aprenderam
durante o período de fechamento das escolas e atuar diretamente nas
defasagens de aprendizagem desses estudantes.
O segundo caminho é garantir a segurança sanitária de toda a comunidade
escolar na volta às aulas. Em terceiro, promover ações de acolhida que
lidem com a questão da saúde mental, tanto de alunos quanto de
professores. Por fim, fazer com que as secretarias municipais de
Educação sigam com políticas educacionais estruturantes, como a
universalização da pré-escola, acesso à creche de qualidade e aumento do
tempo de ensino.
“O nível de comprometimento dos atuais gestores com a educação varia
muito de local para local e de acordo com a região do país. De modo
geral, podemos dizer que está aquém do esperado. Um exemplo desse
descompromisso é o fato de não haver um planejamento em massa das redes
de ensino para o ‘volta às aulas’. Percebemos que os esforços estão
muito mais voltados para as eleições e os prefeitos preferem o risco de
reabrir as escolas nesse momento do que um compromisso com a comunidade
escolar”, diz Gustavo Wei.
Fonte: JL/Brasil61
Nenhum comentário:
Postar um comentário