A proposta de emenda à Constituição (PEC) também prevê mecanismos para evitar o descontrole dos gastos públicos

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Cleia Viana/Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (11), em 2º turno a proposta de emenda à Constituição (PEC) que autoriza o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial, além de prevê mecanismos para evitar o descontrole dos gastos públicos. O texto-base da chamada PEC Emergencial teve 366 votos a favor, 127 contra e três abstenções.
Os deputados ainda precisam analisar destaques para suprir pontos específicos do texto para concluir a votação.
No primeiro turno, realizado na madrugada da última quarta-feira (10), a PEC foi aprovada por 341 votos a favor, 121 contra e dez abstenções.
A PEC Emergencial impõe mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários.
Conforme acordo entre o Governo e a maior parte dos partidos da base aliada, devem ser aprovados dois destaques do bloco PSL-PL-PP retirando das restrições a proibição de promoção funcional ou progressão de carreira de qualquer servidor, ou empregado público, um dos pontos da PEC criticados pela bancada de militares e policiais.
A mudança atinge servidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, inclusive no caso de se decretar estado de calamidade pública de âmbito nacional.
Os demais oito destaques foram apresentados pela oposição e retomam alguns pontos já tratados no 1º turno: a retirada das medidas de contenção de gastos com pessoal e o fim do limite de R$ 44 bilhões para o auxílio emergencial.
Outros temas também aparecem, como a retirada da permissão para o Executivo utilizar saldo de seus fundos, até o fim de 2023, para pagar a dívida pública; a elaboração de plano de venda de estatais através de lei complementar para pagar a dívida; e o plano de redução de incentivos tributários até 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Iniciantemente, a PEC previa que o Governo Federal poderia pagar uma nova rodada de auxílio emergencial em 2021 sem precisar cumprir as regras fiscais, como limites de gastos e endividamento. O texto original também estipulava que o valor gasto no benefício não podia ultrapassar os R$ 44 bilhões.
Algumas medidas de contenção de despesas seriam acionadas ao atingir gatilho relacionado às despesas obrigatórias. São elas:
De acordo com o Governo Federal, as parcelas do auxílio emergencial serão menores que as que foram pagas no ano passado, na durante primeira onda da pandemia do novo coronavírus. Segundo Guedes, os valores da nova rodada irão ser de R$ 175 a R$ 375, sendo, em média, R$ 250. Segundo ele, a distribuição será feita da seguinte forma:
Não há uma data firmada para o início do pagamento. O governo ainda deverá editar uma Medida Provisória (MP) que determinará o calendário, além de outros detalhes. O plano é iniciar os pagamentos ainda em março, provavelmente no dia 18, mas os pagamentos seguirão um calendário ainda a ser divulgado.
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