Grandes jornais e televisões ignoram grande número de pessoas nas ruas

A grande imprensa brasileira tem dois pesos e duas medidas. No sábado atrasado, na cobertura das manifestações da esquerda contra Bolsonaro, estampou fotonas aéreas de seis colunas nas primeiras páginas em todos os jornais, e na internet. Tudo para mostrar a suposta grandiosidade dos atos "antifascistas".
Neste domingo, na manifestação em favor do voto impresso, portanto, pró-Bolsonaro, fizeram questão de fotografar a multidão na Paulista apenas lateralmente (altura dos olhos) ou então em contra-plongée (enquadramento onde vemos a cena de baixo para cima, como se a câmera estivesse deitada e apontada para cima).
Nesse plano se mostra apenas algumas pessoas, dando-se a ideia de que não havia tanta gente assim nas manifestações pelo voto impresso e auditável. Em Brasília, os próprios manifestantes fizeram lives, com direito a pronunciamento ao vivo do presidente (por meio de transmissão no canal do Youtube). Havia muita gente ali.
Gente a perder de vista, como se costuma dizer. Mas a mídia brasileira, hoje parceira do cangaceiro de Garanhuns, ignora a realidade para tentar, de novo e de novo, impor uma verdade alternativa. O povo está mais que vacinado contra isso. Basta lembrar o que houve em 1984, na campanha das Diretas Já, quando a Globo ignorou 1 milhão de pessoas na Candelária e disse que era apenas a comemoração do aniversário da cidade de São Paulo.
Com o próprio Bolsonaro isso já ocorreu. Vide campanha eleitoral de 2018. Mas essa é outra história...
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