Vice-governadora assume em março; ela já disse que Rafael Fonteles não é um petista raiz

O CASO REAL — Regina Sousa (PT) é vice-governadora. Em 31 de março assumirá o governo com a renúncia de Wellington Dia, seu companheiro de partido. Os dois também foram companheiros de lutas sindicais no Sindicato dos Bancários. Foi suplente de senadora do governador apenas para garantir que nenhum possível adversário ficasse na sua vaga caso ele não fosse eleito governador em 2014, o que era praticamente impossível, já que tinha toda a máquina do governo federal a serviço de suas pretensões.
TODOS ERAM CONTRA A REELEIÇÃO — Nenhum vice deixou de ser candidato ao assumir o governo do Piauí desde que a reeleição foi implantada, em 1997. Também nenhum governador deixou de ser candidato a um novo mandato. Na época, a maioria dos políticos protestou contra o novo sistema. Mas todos se beneficiaram dele.
HISTÓRICO DE VICES E CANDIDATOS — No Piauí, tivemos candidaturas dos seguintes governadores: Francisco Moraes Souza (Mão Santa), em 1998; Hugo Napoleão, que tomou posse com cassação de Mão Santa, em 2002; Wellington Dias, em 2006 e 2018. Foram candidatos os vices: Wilson Martins (PSB), que assumiu com renúncia de Wellington (2010); e Zxé Filho, empossado após renúncia de Wilson Martins (Wilsão), em 2014.
A TRAMA — Hoje, o candidato do PT e do governo seria Rafael Fonteles. Mas ele está mal das pernas. Todas as pesquisas o colocam como derrotado. Exceto aquelas que são feitas sob encomenda pelo governo — e nas quais ninguém acredita. O que Wellington Dias pretende? Segundo bastidores, substituir Fonteles. Outros nomes estão sendo testados nas pesquisas, a começar pela própria Regina Sousa, que não é política e tem uma imagem muito negativa. Mas estando no poder, só Deus sabe o que pode acontecer.
SERVIÇAL DE LUXO — Outro testado seria o senador Marcelo Castro (MDB), espécie de serviçal de luxo do governador petista. Como justificar a troca de Fonteles? A própria Regina já deu a senha: ele não é um petista histórico. Ou seja, não é um "petista raiz". E não tem respaldo no eleitorado. (Toni Rodrigues)
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