Presidente
do TSE foi pego de surpresa com alegação de que os militares pretendiam
comparar dados de 385 boletins de urna com os do tribunal, diz O Globo.
Alexandre
de Moraes (foto) se irritou com reportagem da Folha segundo a qual as
Forças Armadas pretenderiam fazer uma “apuração paralela” no dia da
eleição e desmarcou a reunião que estava prevista para esta terça (13)
com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, informa Malu Gaspar em O
Globo.
“O
encontro não estava previsto na agenda oficial de Moraes, mas até a
noite do último domingo (12) a equipe das Forças Armadas havia recebido
confirmação extraoficial do tribunal e se preparava para a audiência”,
escreve o jornal carioca. A reunião discutiria a adoção de projeto para
mudar o teste de integridade das urnas.
Publicada
hoje mais cedo, a reportagem da Folha alegava que os militares planejam
pegar 385 boletins de urna aleatoriamente para cruzar os dados com a
apuração do TSE. A manchete do jornal foi desmentida pela corte
eleitoral, mas, segundo O Globo, ela pegou o TSE de surpresa e provocou a
interrupção das conversas.
O
presidente da corte eleitoral se irritou com o que chama de “guerra de
narrativas” em torno do sistema eleitoral brasileiro e disse, sempre
segundo o jornal carioca, que somar boletins de urna não é “apuração
paralela”, já que para isso seria necessário somar todos os boletins das
mais de 400 mil urnas do país.
“A
disponibilização dos BUs no site oficial do tribunal, não apenas aos
militares, mas a qualquer um, era uma medida já anunciada há meses. O
número de boletins que os militares pretendem vasculhar por conta
própria só foi revelado agora”, escreve O Globo.
O Antagonista
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