Informações
do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira, 03,
contabilizam 291 km² acumulados de alertas de desmatamento na Amazônia
Legal, no mês de fevereiro deste ano. O maior nível para o mês em toda a
série histórica, que teve início em 2015.
O
Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), produz
sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores
que três hectares, tanto para áreas totalmente desmatadas como para
aquelas em processo de degradação florestal.
Janeiro
mostrou queda de 61%, com 167 km² nos alertas de desmatamento na região
em relação ao mesmo período de 2022. Porém, o Observatório do Clima
destacou que a maior cobertura de nuvens no período pode ter contribuído
para este recuo.
“O
aumento da área desmatada nos primeiros dias de fevereiro deve ser
interpretado com cautela. Tivemos um aumento de nuvens em janeiro e o
Deter pode estar detectando em fevereiro desmatamentos que ocorreram no
mês passado“, alerta Daniel Silva, especialista em Conservação do
WWF-Brasil.
A
Amazônia Legal corresponde a 59% do território do país, englobando a
área total dos seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso,
Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão.
Daniel
Silva, especialista em Conservação do WWF-Brasil, acredita em
resultados mais positivos, mas que é preciso implementar ações contra o
desmatamento. “É urgente implementar ações concretas para zerar o
desmatamento, como por exemplo incentivar a reabilitação em áreas
degradadas, criar novas unidades de conservação e delimitar as terras
indígenas ou qualquer outra ação que visa o desmatamento zero”.
Ainda
de acordo com os novos dados divulgados pelo Inpe, no último mês, cerca
da metade da taxa de desmatamento foi registrada no estado do Mato
Grosso: cerca de 145 km². O restante do índice se concentrou nos estados
de Rondônia (24 km²), Pará (45 km²), Roraima (31 km²) e Amazonas (42
km²).
(Hora Brarsília)
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